Como é de se esperar, no livro 2 a história avança bastante e começamos a vislumbrar quão insano é o universo criado por Murakami. Aprendemos mais sobre o porquê das duas luas, conhecemos o fascinante líder, aprendemos também sobre o povo pequenino e sobre a relação entre Aomame e Tengo.
A impressão que tive é que o ritmo deu uma arrefecida. Nem de longe quero dizer que o livro 2 é inferior ao livro 1. Pelo contrário, uma vez que já conhecemos os personagens, Murakami vai aprofundando seus backgrounds, esclarecendo alguns mistérios e, principalmente, fazendo-nos perceber que, no final das contas, 1Q84 é uma história de amor.
Sem entregar a trama do livro, para mim é especialmente bem trabalhado um assassinato que Aomame tem que cometer. Ao invés de partir imediatamente para a ação, Murakami investe tempo para deixar toda a situação bem esclarecida e, principalmente, criar tensão. E isso ocorreu de tal forma que eu queria interromper meu trabalho para continuar a leitura e descobrir como ia terminar aquela história. A única frustração ao terminar a leitura desse livro 2 (por sinal eu o li bem mais rapidamente que o livro 1) foi constatar que demorará uns seis meses para eu saber como termina essa história.

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