quarta-feira, 24 de maio de 2017

Dinheiro - Sanidade ou Loucura? - Axel Capriles (189 p.)


O complexo do dinheiro - os aspectos psicológicos ligados ao dinheiro - desempenha, hoje, o papel que pertencia à sexualidade na psicologia de Freud no início do século XX. Atualmente há mais loucuras e doenças associadas ao dinheiro do que a sexo ou a qualquer outro conteúdo mental. O dinheiro desencadeia as paixões mais intensas e violentas: mal-entendidos, discussões entre amigos, conflitos conjugais, brigas em família, depressões, ansiedades, medos, ódios. Sofrimentos intermináveis marcam a nossa história pessoal em relação ao dinheiro: o tormento de não ter dinheiro, o desejo de ter mais, o medo do futuro, da pobreza, do fracasso. São muitas as imagens e fantasias associadas ao dinheiro. Decifrar alguns dos significados desse poderoso símbolo imaterial e polivalente que chamamos dinheiro é a intenção deste livro.

Napoleão, o Pequeno - VItor Hugo (405 p.)


Obra clássica de um dos maiores escritores franceses, é fascinante tanto como documento quanto como peça literária, seja pela grandeza do autor, seja pela relevância do tema que aborda.

O nome Victor Hugo (1802-1885) é um dos expoentes máximos da produção literária de seu tempo, reconhecido mundialmente pela riqueza e vastidão de sua obra, que abrange poesia, teatro, prosa e romance. Todavia, pouco se fala sobre sua vida e escritos políticos.

Sua atuação parlamentar se dará em dois momentos cruciais da vida política francesa: na constituição da II República (1848-1851) e, após a queda do império (1852-1870), em plena guerra franco-prussiana, na "assembleia dos rurais".

Essa obra, redigida no exílio, em 1852, oito meses após o golpe de estado do "parodista que toma ares de imperador", emerge da radicalização do conflito das classes sociais, num período dramático para o povo francês.

Napoleão - O Pequeno contém dois grandes momentos. No primeiro, a partir do golpe de estado, da derrubada da Assembleia Nacional pelas armas, do perjúrio do usurpador, da traição ao povo francês, Victor Hugo percorre passo a passo o massacre aos "inimigos da ordem", relatando detalhadamente situações, colhendo depoimentos e testemunhos, descrevendo a barbárie que amontoa cartuchos, vidros quebrados, corpos retalhados, com o vapor do sangue que exala dessa destruição. Ele se vale aqui de toda sua força de escritor, multiplicando verbos e adjetivos para que a realidade fale por ela mesma, para que se entenda a sentença bonapartista: "Que se executem minhas ordens!"

No segundo, interpreta os acontecimentos que precipitaram o golpe de 2 de dezembro. Se na descrição do barbarismo o grito de indignação comanda os relatos, na interpretação, de prisma liberal, o autor salienta que "O ato é infame, mas o fato é bom". Para Victor Hugo, no subterrâneo misterioso da história, o golpe de estado de Luís Bonaparte se revela como uma iluminação, como desfecho de uma lógica inscrita no processo histórico. Aí, transparece o papel da providência divina na condução do mundo histórico.

Napoleão, o pequeno, o "salvador da ordem", adentra o palco da história universal para golpear a imagem do poder despótico do império.

segunda-feira, 22 de maio de 2017

Por Quem os Sinos Dobram - Ernest Hemingway (625 p.)

A dedicatória conta metade 
da história: “Este livro é para Martha Gellhorn.” A outra faz-se por terras de Espanha, onde Ernest Hemingway chega em 1937, no papel de repórter, para cobrir a Guerra Civil local, disputada entre nacionalistas (suportados pelas forças fascistas da Europa) e republicanos (apoiados pelos socialistas e comunistas europeus). Nos Estados Unidos deixa Pauline Pfeiffer,
 a sua segunda mulher, e dois filhos; em Espanha encontra Martha Gellhorn que, além da nacionalidade, partilha com ele a profissão: é escritora e correspondente de guerra. Hemingway deixa-se conquistar rapidamente, tanto pelo inabalável espírito dos espanhóis como pela americana que teima em não ceder aos seus avanços. São estas as paixões que o inspiram a escrever aquela que virá a ser uma das suas mais importantes obras: Por Quem os Sinos Dobram.

O livro acompanha três dias na vida de Robert Jordan, um americano a quem é pedido que faça explodir uma ponte, que combate pelo lado republicano
na Guerra Civil espanhola. A missão leva-o a trabalhar com um grupo de guerrilheiros locais, entre os quais a perturbada Maria, uma jovem espanhola por quem se enamora. Hemingway
 baseia a obra nas vivências em Espanha mas também no romance que entretanto inicia com Martha Gellhorn, que acaba por se tornar a sua terceira esposa. É, aliás, a ela que dedica a história.
Publicado em 1940, Por Quem os Sinos Dobram torna-se um sucesso crítico e comercial imediato, restabelecendo em definitivo a reputação de Hemingway enquanto romancista depois de uma década mais dedicado à escrita jornalística. É atualmente apontado como um dos melhores e mais importantes romances de guerra alguma vez escritos. Menos triunfante revela-se a relação com Gellhorn, que dura apenas cinco anos, terminando tal como começou, durante a cobertura de um conflito armado: a Segunda Guerra Mundial. Mas essa já
 é outra história.

Milagre nos Andes - Nando Parrado (280 p.)

Em 'Milagre nos Andes', o uruguaio Nando Parrado - principal responsável pelo resgate de seus amigos nas montanhas após 72 dias de agonia - é o primeiro dos sobreviventes a contar, com extraordinária franqueza e sensibilidade, a sua própria versão do acidente. O resultado supera o simples relato de uma aventura real: é um olhar revelador sobre a vida à beira da morte. Refugiados em parte da fuselagem do avião, uma geleira estéril a mais de 4.500 mil metros de atitude, sem suprimentos ou meios de chamar ajuda, Nando e seus amigos lutaram para suportar temperaturas gélidas de até 30ºC abaixo de zero, avalanches mortais, sede, o dilema devastador de se verem obrigados a comer carne humana para não sucumbir à fome e, por fim, a notícia devastadora, por um rádio que ainda funcionava precariamente, de que a busca por eles havia sido cancelada.

quarta-feira, 17 de maio de 2017

Seja Feliz Meu Filho - Içami Tiba (199 p.)


Talvez o que seja felicidade para nós, pais, não seja felicidade para os filhos. Talvez o que sonhamos para eles não seja aquilo que eles queiram realizar. O importante é darmos a eles os instrumentos e uma estrutura emocional que os ajude a alcançar seus próprios objetivos. Por amor aos filhos, sonhamos e criamos expectativas, e também por amor a eles temos que deixá-los sonhar e ajudá-los a ser o melhor que podem ser. Para isso, não basta apenas amor e boas intenções. São necessárias informações, esclarecimentos, atenção, observação, dedicação e reflexão. Este é o objetivo deste livro. Ele é um convite aos pais apaixonados e bem intencionados a estarem também bem instruídos, podendo ser o melhor pai que podem. Ele nos ajuda a refletir sobre as expectativas que temos em relação aos nossos filhos e como estas podem favorecê-los ou prejudicá-los na construção de sua própria história. 'Seja Feliz, Meu Filho' acolhe a angústia de pais que se sentem desorientados e preocupados com a educação e a felicidade dos filhos.

segunda-feira, 15 de maio de 2017

O Médico de Lhasa - Lobsang Rampa (275 p.)

Lançado em 1950, na Inglaterra, 'A Terceira Visão' - relato da iniciação do lama T. Lobsang Rampa - foi um fenômeno de vendas. No livro, o autor afirmava ter nascido em Lhasa, capital do Tibete, onde recebeu o preparo para tornar-se sacerdote-cirurgião, sob as bênçãos do XIII Dalai Lama. Ainda jovem, sofreu uma operação especial para a abertura do seu 'terceiro olho', que lhe deu poderes de clarividência. Anos mais tarde, após uma série de livros publicados, estudantes tibetanos da Inglaterra divulgaram a 'descoberta' da verdadeira identidade de Rampa: Cyril Henry Hoskins, um pesquisador das ciências ocultas nascido em Devon, na Inglaterra. Questionado, Cyril declarou que seu corpo fora tomado pelo espírito de Rampa e que todas as informações contidas eram absolutamente verdadeiras. Polêmicas à parte, é evidente o conhecimento que o autor demonstra sobre os temas abordados em suas obras. Em 'O Médico de Lhasa', continuação de sua autobiografia, Lobsang Rampa narra sua fantástica aprendizagem na arte de curar, suas experiências e descobertas na China ocidental e suas aventuras na Segunda Guerra Mundial, quando caiu nas mãos dos japoneses e conseguiu sobreviver às torturas afligidas por seus inimigos.

Os Crimes do Mosaico - Giulio Leoni (380 p.)


Os Crimes do Mosaico - Giulio Leoni (380 p.)


Numa noite de 1300, aos pés de um gigantesco mosaico inacabado, um homem é assassinado de maneira pavorosa. 
Cabe a Dante Alighieri, há poucas horas nomeado prior de Florença, a tarefa de desvendar o crime, penetrando 
na realidade obscura e perigosa que se esconde por baixo do mundo iluminado da capital da arte e da cultura. O autor de A Divina Comédia aparece aqui em carne e osso, poderoso, amargo e genial. Ai de quem ousar interpor-se 
entre ele e a verdade, mesmo que sej
a um enviado de Bonifácio, o papa a caminho do poder absoluto.

sexta-feira, 12 de maio de 2017

A Forma da Água - Andrea Camilleri (145 p.)


A forma da água é o primeiro de uma série de romances protagonizados por esse detetive siciliano que já garantiu lugar ao lado dos maiores investigadores da ficção policial como Maigret ou Marlowe. 
A história se passa na pequena cidade natal de Vigàta, na Sicília, onde num grande terreno na periferia, paraíso para drogados e prostitutas, dois lixeiros encontram, entre as muitas camisinhas usadas que recolhem diariamente, o corpo do engenheiro Luparello, cacique da polícia local. Eles correm para dar a notícia ao comissário Montalbano, que faz de tudo para descobrir a verdade, mesmo lutando contra a insuficiência das leis e a impotência do Estado Italiano diante dos negócios político–mafiosos.

1Q84 - Livro 3 - Haruki Murakami (325 p.)

Em um ano próximo a 1984, dois personagens repletos de segredos e envolvidos em tramas obscuras tentam sair de uma realidade implacável: o mundo de 1Q84. No último volume da trilogia Haruki Murakami, os protagonistas Tengo e Aomame continuam presos ao mundo paralelo de 1Q84, “onde coisas estranhas podem acontecer”. Eles precisam escapar não só dessa terrível realidade alternativa, em que duas luas pairam no céu, mas também da ameaça do chamado Povo Pequenino e de um sinistro grupo religioso em busca de um acerto de contas. E terão em seu encalço um implacável detetive, que se aproxima cada vez mais do esconderijo de Aomame, enquanto desvenda a real conexão entre ela e Tengo. Conforme 1Q84 caminha para uma resolução, acompanhamos o incerto destino se fechar ao redor deles. Aomame e Tengo não sabem se finalmente irão se encontrar, ou se serão encontrados antes.Com milhões de exemplares vendidos no mundo e uma legião de fãs,1Q84 é um romance cosmopolita. Entre as referências, Murakami rememora George Orwell, a música ocidental e elementos da cultura pop. Ao costurar trechos de suspense, violência e distopia com momentos de nostalgia, amor e união, o escritor japonês alcança na trilogia o ápice de sua criatividade literária.

segunda-feira, 8 de maio de 2017

1Q84 - Livro 2 (Haruki Murakami - 373 p.)

Como é de se esperar, no livro 2 a história avança bastante e começamos a vislumbrar quão insano é o universo criado por Murakami. Aprendemos mais sobre o porquê das duas luas, conhecemos o fascinante líder, aprendemos também sobre o povo pequenino e sobre a relação entre Aomame e Tengo.

A impressão que tive é que o ritmo deu uma arrefecida. Nem de longe quero dizer que o livro 2 é inferior ao livro 1. Pelo contrário, uma vez que já conhecemos os personagens, Murakami vai aprofundando seus backgrounds, esclarecendo alguns mistérios e, principalmente, fazendo-nos perceber que, no final das contas, 1Q84 é uma história de amor.

Sem entregar a trama do livro, para mim é especialmente bem trabalhado um assassinato que Aomame tem que cometer. Ao invés de partir imediatamente para a ação, Murakami investe tempo para deixar toda a situação bem esclarecida e, principalmente, criar tensão. E isso ocorreu de tal forma que eu queria interromper meu trabalho para continuar a leitura e descobrir como ia terminar aquela história. A única frustração ao terminar a leitura desse livro 2 (por sinal eu o li bem mais rapidamente que o livro 1) foi constatar que demorará uns seis meses para eu saber como termina essa história.

1Q84 - Livro 1 (Haruki Murakami - 430 p.)

1Q84 é o livro mais ambicioso de Haruki Murakami, fenômeno da literatura contemporânea. A obra esteve no topo das listas de mais vendidos no mundo inteiro e, só no Japão, ultrapassou a marca de 4 milhões de exemplares vendidos. Dividido em três partes, o romance foi muito elogiado pela crítica e considerado um dos melhores livros de 2011 tanto pelo New York Times quanto pelo Washington Post.
Assumidamente inspirado na obra-prima de George Orwell, o título se situa no ano de 1984. No primeiro volume, Murakami apresenta Aomame, uma mulher que esconde a profissão de assassina. Em uma tarde no início de abril, ela está parada num táxi, em meio ao trânsito de uma via expressa de Tóquio. Temendo não chegar a tempo de resolver uma pendência no bairro de Shibuya, ela se vê diante de uma opção inusitada proposta pelo motorista: descer do veículo e seguir por uma escada de emergência em plena avenida.
Apesar de um estranho aviso do taxista, que diz que as coisas à volta dela se tornarão estranhas ao fazer algo tão incomum, Aomame segue a sugestão inicial. Após descer a escada de emergência e seguir seu caminho, ela repara aos poucos que certos aspectos da realidade se tornaram diferentes: por exemplo, as armas utilizadas pelos policiais não são mais pistolas e as manchetes nos jornais são completamente distintas em relação às que ela havia lido nos últimos dias.
Em paralelo à trama de Aomame, o professor de matemática e aspirante a escritor Tengo se envolve em um misterioso projeto de refazer um romance escrito por uma menina de 17 anos. Apesar do receio em assumir o papel de escritor fantasma de Crisálida no ar, um livro fantasioso e enigmático mas cheio de pequenos defeitos, ele se convence a realizar a tarefa. Mas, para isso, deve conhecer antes a autora, uma estranha jovem chamada Fukaeri.
À medida em que as histórias vão se alternando, Aomame continua a perceber diferenças sutis na realidade. Ela se dá conta que, ao descer a escada de emergência da via expressa, passou de alguma forma a habitar um mundo discretamente distinto – que acaba batizando de 1Q84. Já Tengo, aos poucos, passa a reparar em estranhas semelhanças entre a ficção fantasiosa de Fukaeri e a realidade, além de perceber que parece correr algum tipo de perigo quando se vê envolvido com uma misteriosa seita. De forma alternada, Murakami narra duas histórias que aos poucos convergem. 
O autor afirma que a inspiração para escrever este e outros sucessos de público e crítica vem da observação da realidade. 1Q84 faz jus ao gênio de Murakami, entrelaçando as histórias e os dramas de Aomame e Tengo, além das estranhas distorções que vão se infiltrando em suas vidas. Ele mescla suspense e distopia numa saga pós-moderna, com mundos paralelos, assassinatos e estranhas seitas. Ao final, o autor constrói uma trilogia que fala de amor, abandono e mistérios que desafiam os limites do real. 

quarta-feira, 3 de maio de 2017

O Outro Lado da Luz - Colum McCann (268 p.)



Este livro traz a saga dos construtores dos túneis do metrô de Nova York. A grande ambição de uma vida melhor derrotada pela recessão e pelo preconceito. McCann traça o retrato de uma família cujos sonhos não são suficientes para apagar a crua realidade de suas existências. Sem sentimentalismos, mas com esperança, McCann usa o metrô como o símbolo central do livro e fio condutor da história. Em 1916, a construção dos túneis metroviários é a chance de um trabalho decente para o irlandês Con O'Leary, dificilmente oferecida a seus compatriotas. Entre seus companheiros de trabalho, o negro Nathan Walker também está atrás de sua fatia do 'sonho americano', depois de abandonar a Georgia natal. Quando Con morre numa explosão dentro de um dos túneis, Nathan se torna responsável por sua viúva e sua jovem filha Eleanor. Ao longo do anos, enquanto constrói os tortuosos caminhos subterrâneos que abrigam os trens do metrô novaiorquino, Nathan tece uma rede de sentimentos que o une cada vez mais a Eleanor. Apesar das diferenças, eles vencem a oposição e acabam se casando. Por oito décadas, McCann acompanha a vida dos descendentes desse casal. Os párias de uma sociedade desigual. Abandonados e esquecidos. Uma crítica poderosa de como a sociedade americana frustra as tentativas dos estrangeiros - sejam internos ou externos - em constituir um lar. A história de uma cidade e os milhares de sonhos que abriga. A saga culmina com a história de um misterioso morador dos túneis, Treefoog, e tudo que faz para sobreviver: comer ratos, vender latas para reciclagem e lavar-se na neve. Um jovem que perdeu tudo, inclusive a memória e o respeito próprio. A tragédia aparece forte no trabalho de McCann, mas ele guarda espaço também para a redenção através das inúmeras formas de amor. Numa reviravolta da narrativa, as histórias se fundem, apesar dos quase oitenta anos que as separam, e formam a fábula da união de uma família. O Outro lado da Luz é uma narrativa emocionante, construída de forma espetacular por um contador nato de histórias.

O Segunto Bug-Jargal (Vitor Hugo - 300 p)

O Segundo Bug-Jargal - Victor Hugo
Escrito em 1818 quando o autor tinha apenas 16 anos, só foi publicado em 1825 quando foi reescrito. Fruto de uma aposta onde Victor Hugo foi desafiado a escrever uma história em 15 dias, tendo sido seu primeiro romance mas o segundo a ser publicado.
A ação se passa em 1791 e narra a revolta dos negros (escravizados)de São Domingos contra os colonos europeus. O capitão Léopold d'Auverney parece guardar uma grande mágoa e durante um serão é levado por seus soldados a revelar o que teria vivido naquele local que marcou de forma terrível sua vida.
Indicado apenas para fãs do autor como eu, que deseja conhecer seus romances em ordem cronológica. Praticamente não se reconhece seu estilo aqui mas é interessante verificar sua evolução. Apesar do tema ser baseado num fato real, o foco foi mesmo a história do capitão envolvendo Bug-Jargal, um líder negro da região, sem que o autor tenha se preocupado em destrinchar os aspectos políticos, sociais, humanitários e históricos do episódio como acontece posteriormente em seus romances mais conhecidos.