sexta-feira, 31 de março de 2017

A Praga Escarlate - Jack London (103 p.)


No início do século XXI, uma praga misteriosa e súbita dizima os seres humanos em minutos. Assim, Jack London faz uma reflexão sobre as condições de vida na sociedade moderna, passando pela crítica sobre a cidade urbana, o livro se baseia na história de um sobrevivente da praga. Ilustrações de Gordon Grant.

´A Praga Escarlate é uma dessas histórias de London tão atemporais que, com poucas adaptações, poderia ser publicada pela primeira vez hoje sem parecer deslocada´. - Clinton Lawrence.

DON QUIXOTE AMERICANO - Richard P. POWELL (215p.)


Arthur Peabody Goodpasture, voluntário norte-americano do Corpo da Paz, chega a uma pequena república do Caribe como simples agente de expansão agrícola. E acaba se envolvendo na atrapalhada política da ilha, ficando no meio do patético conflito entre o governo e um grupo guerrilheiro. Ele se espanta com muita coisa em San Marco, mas isto não abala a sua fé na generosidade dos homens. É assaltado assim que desembarca na capital, Puerto Grande, porém logo se apieda do esperto garoto de rua, chamado Pepe. Após constantes golpes contra o inocente americano, Pepe prefere acertar com ele um contrato de 400 pesos por vez que lhe salvasse a vida. E Arthur o transforma em seu acompanhante, seu Sancho Pança, na viagem que faz à Cordillera Azul, reduto dos temidos Los Descalzos.

terça-feira, 28 de março de 2017

50 Coisas que os Pais Nunca Devem Dizer aos Filhos - Antonio Siqueira (211 p.)

Criar um filho e fazer dele uma pessoa de caráter não é uma tarefa fácil nos dias de hoje. As crianças vivem cercadas de armadilhas que, cada vez mais, estão afastando-as do seio familiar. Muitos pais não conseguem se dedicar à criação de seus filhos por inúmeras razões: muitas horas de trabalho, problemas pessoais e financeiros ou, até mesmo, marcas da infância que impedem uma maior proximidade na relação entre eles. Os pais têm papel fundamental não só no desenvolvimento físico, como também no emocional e mental da criança. Tudo aquilo que falamos aos nossos filhos exerce um poder extraordinário sobre a vida e as atitudes deles. As palavras podem tanto formar uma mente equilibrada e segura, quanto destruir a autoestima e confiança da criança. Foi pensando exatamente em ajudar os pais nesta tarefa tão difícil, que é formar a mente de um indivíduo, que o autor relacionou, neste livro, 50 frases que jamais poderão ser ditas aos filhos.

FANTASMA - Luiz Alfredo Garcia-Roza (206 p.)

No décimo romance do premiado criador do delegado Espinosa, uma moradora de rua é possivelmente a única testemunha de um assassinato ocorrido em Copacabana.
Apresentação
A mulher sentada à beira da calçada na av. Nossa Senhora de Copacabana só se sente em casa vivendo na rua: estar entre paredes a oprime, ela tem a sensação de que vai morrer sufocada. É tão fina e educada que todos a chamam de Princesa. Seu “lar” é um trecho do piso de cimento delimitado por pedaços de papelão. Muito gorda, tem dificuldade para se mover. Mesmo assim, não descuida da aparência: alisa bem o vestido sobre as pernas esticadas, penteia-se com esmero e passa batom com pelo menos frequência - sempre que recebe a visita do delegado Espinosa. E o delegado Espinosa visita Princesa várias vezes por dia. Afinal, tudo indica que ela viu quem enfiou uma faca no homem muito branco, talvez um estrangeiro, que amanheceu morto na calçada a alguns metros dela. Mas Princesa costuma sonhar, às vezes até quando está acordada... E como saber, nesta vida, o que é realidade e o que se passa no mundo dos sonhos?
Isaías é o grande amigo de Princesa. Ele sabe que a amiga viu alguma coisa que não deve ser lembrada. Acredita que precisa proteger a qualquer custo a moça dos perigos que podem surgir da noite - quando ela dorme sozinha na calçada - e do dia, quando os passantes são tantos que é difícil distinguir o inimigo que se aproxima para desferir um golpe. Como Princesa, Isaías é incapaz de lidar com o mundo complicado onde os dois vivem; como ela, é indefeso e vulnerável.


“Espinosa é um detetive humano, demasiadamente humano, que erra, hesita, se tortura e, em suas aventuras (o mais correto seria “desventuras”), faz do Rio de Janeiro não um cenário, mas personagem ativo.” - Revista Época

“Um personagem cético, porém não cínico, e que mesmo fechado conquista pela simpatia.” - O Globo

segunda-feira, 27 de março de 2017

A Jogada Turca - Akunin, Boris (276 p.)


Neste livro o detetive Fandórin encara um novo desafio: investigar os labirintos do poder em um nebuloso caso de espionagem no exército, durante a guerra da Rússia com a Turquia, no final do século XIX. Mas não estará sozinho nessa empreitada. No segundo volume da série, ele tem ao seu alcance a jovem e bela Vária, uma mulher muito adiante do seu tempo. Em meio à guerra, Vária decide ir contra todas as convenções da época e enfrenta os perigos do campo de batalha para ir ao encontro de seu noivo no front búlgaro. Mas é surpreendida ao se ver envolvida num intrincado caso de espionagem militar. O homem com quem vai se casar é preso acusado de alterar, num telegrama, o nome da próxima cidade a ser atacada pelos russos, uma cilada que leva o exército soviético a perder um precioso tempo e parte de suas tropas numa vila sem importância alguma para o conflito. Provar a inocência do seu amado torna-se uma verdadeira obsessão para Vária. Felizmente ela não estará sozinha nesta difícil missão. A seu lado está Fandórin, agora investigador do exército russo, que dá início a uma espetacular investigação.

quinta-feira, 23 de março de 2017

Limites para ensinar aos filhos - Henry Cloud e John Townsend (270 p.)

Livro Limites para ensinar aos filhos, todos os pais querem que seus filhos se tornem adultos equilibrados e responsáveis. No entanto, talvez já tenham descoberto que não basta simplesmente dar ordens. Nos acessos de raiva da criança ou nas tentações do adolescente, precisam ajudar os filhos a controlar o temperamento, os sentimentos e as atitudes.

Como fazer isso? A receita é estabelecer limites saudáveis. Os limites são uma base segura para desenvolver bons relacionamentos, obter maturidade, segurança e equilíbrio na vida.  Livro Limites para ensinar aos filhos ajudará os pais a preparar os filhos para assumir responsabilidade com o próximo e consigo mesmos. 
Henry Cloud e John Townsend mostram como trazer equilíbrio à vida
familiar, impor limites com amor e desenvolver nos filhos o caráter que servirá de base no futuro para uma vida produtiva e saudável. Leia o livro Limites para ensinar aos filhos.

terça-feira, 21 de março de 2017

O caminho do arco - Paulo Coelho (60 p.)

'O caminho do arco' conta a história de Tetsuya, o melhor arqueiro do país, que transmite os seus ensinamentos a uma criança de sua aldeia. O trabalho e o esforço diário para ultrapassar as dificuldades, a constância e a valentia para tomar decisões arriscadas são aspectos que vão surgindo ao longo do relato.

Paulo Coelho soube expressar nestas páginas muitos dos valores que regem o nosso dia a dia: inovação, flexibilidade, adaptação à mudança, entusiasmo e o trabalho em equipe.

'Escrevi este texto onde arco, flecha, alvo e arqueiro são partes integrantes do mesmo sistema de desenvolvimento e desafio.' — Paulo Coelho

segunda-feira, 20 de março de 2017

O monge que vendeu sua Ferrari - Sharma,Robin S. (212 p.)

Quando Julian Mantle, o maior advogado do país, resolve abandonar tudo para fazer uma peregrinação pela Índia, seu assistente John acha que ele não aguentou a pressão e enlouqueceu. Mas quando Julian volta três anos depois, mais jovem, esbelto e radiante, praticamente irreconhecível, John é tomado por muitos questionamentos. Típico profissional batalhador, John trabalha muito, volta tarde para casa, e persegue o sonho da liberdade financeira. Mas vive cansado, não tem tempo para nada e raramente se diverte. O reencontro com seu antigo mentor o faz querer descobrir como o advogado ganancioso e arrogante que ganhava todos os processos no tribunal se transformou em um monge sábio e sereno. A conversa entre o advogado que virou monge e o seu antigo assistente é o fio condutor de O Monge que Vendeu sua Ferrari, primeiro sucesso de Robin Sharma, autoridade mundial em desenvolvimento pessoal e autor de vários best-sellers do gênero.

O Arquipélago da Mancha - Victor Hugo (102 p.)

Capítulo inicial do clássico "Trabalhadores do Mar".
Victor Hugo escreveu o livro quando estava em seu exílio em Jersey / Guernesey, após o grande sucesso de "Os Miseráveis". 
Ao escrever T do M, Victor Hugo fez um capítulo inicial a ser lançado somente na segunda edição de Trabalhadores do Mar, considerando O Arquipélago cansativo para o leitor comum que ainda não se apaixonara por Gilliat e Deruchete.
Os editores prometeram que o lançariam assim que fosse possível, sendo que guardaram o Arquipélago por anos antes de ser editado.
O Livro ambienta o cenário onde o romance de Gilliat ocorrerá, as idiossincracias locais, a geografia, os costumes, leis, regras, ancestralidade, correntes marítimas, religiões, idiomas, moedas, repartições jurídicas, preconceitos, história e desenvolvimento das peculiaridades do arquipélago. Justamente por isso, sendo cansativo para o início de um grande clássico.
De minha parte, descobrir O Arquipélago, anos após ter lido por 2 vezes T do M, foi um achado precioso e inesperado, onde pude saborear cada detalhe das descrições pormenorizadas do rico ambiente insular.

Recomendo para quem já leu os TRABALHADORES DO MAR!!!



sexta-feira, 17 de março de 2017

Manual para o Elaboração dos Preparados Biodinâmicos - Christian von Wistinghsen, Wolfgang Scheibe e outros (96 p.)

Os preparados biodinâmicos foram desenvolvidos por Rudolf Steiner, com base na Antroposofia, antes e durante o Curso Agrícola em 1924. Steiner afirma que “adubar consiste em vivificar a Terra” e com base nesta afirmação traz os preparados como sendo mediadores entre a Terra e o Cosmo, ajudando as plantas na sua tarefa de serem órgãos de percepção da Terra.

Estes podem ser divididos em dois grupos; os que são pulverizados no solo e nas plantas, e os que são inoculados em composto ou outras formas de adubos orgânicos como biofertilizantes e chorumes. Os Preparados tem uma numeração que vai de 500 a 508 que surgiu primeiramente como um código e nos dias de hoje facilita a comunicação internacional, entretanto é melhor utilizar o nome próprio de cada um quando nos referirmos a eles.

Os preparados podem ser considerados como remédios homeopáticos no que diz respeito às substâncias naturais utilizadas, aos processos de dinamização e a atuação através de forças e não de substâncias e por serem utilizados em quantidades mínimas, entretanto eles não se prendem a teoria ou a prática da homeopatia médica. Eles são elaborados a partir de plantas medicinais, esterco e silício (quartzo), que são envoltos em órgãos animais, enterrados no solo e submetidos às influências da Terra e de seus ritmos anuais.


sábado, 11 de março de 2017

Ajuda-me a crescer - Franco del Casale (215 p.)

Uma descrição do processo de estruturação da personalidade, a partir do nascimento, assinalando as motivações e necessidades correspondentes a cada período evolutivo e as condutas que facilitam ou inibem as mesmas. Útil para psicólogos, pedagogos e também para os pais.

quarta-feira, 8 de março de 2017

Como Me Tornei Estúpido - Martin Page (160 p.)


A ignorância é um dom para Antoine, personagem principal da sátira de Martin Page, Como me tornei estúpido. Caso extremo e bem-humorado de rebeldia contra uma sociedade que exige a estupidez como passaporte e oferece a massificação como recompensa, o livro do jovem autor francês chega às livrarias dia 14 de março e antecipa os lançamentos da editora Rocco para a XII Bienal Internacional do Livro do Rio de Janeiro. Martin Page é um dos autores com participação confirmada para o evento, que este ano homenageia a França. O lançamento faz parte do Safra XXI, selo lançado em 2004 pela editora Rocco com edição gráfica diferenciada e proposta ousada de lançar autores jovens e talentosos.
Decidido a parar de sofrer por causa de uma consciência que o impede de aceitar as injustiças do mundo, Antoine tenta sem sucesso virar alcoólatra, suicidar-se e até fazer uma cirurgia para retirar uma parte do cérebro. As tentativas frustradas do jovem protagonista são descritas com fina ironia e imagens nonsenses que beiram o surrealismo. Mas a redenção de Antoine vem com o emprego numa corretora de ações de um ex-colega de escola, que junto com o Felizac, antidepressivo receitado pelo seu médico boa-praça, são o antídoto perfeito contra a inteligência e a consciência crítica do rapaz.

terça-feira, 7 de março de 2017

O Fascismo é um Estado de Espírito - Nelson Padrella (125 p.)

Coletânea de contos escritos em plena ditadura militar do Brasil, que ironizam o dia a dia da população comum que adotou abertamente posturas fascistas sarcásticas e ignorantes, mostrando o alto potencial moralizante e hipócrita da classe média. 
Com sarcasmo e inteligência o autor nos brinda com boas risadas de nós mesmos.

Nelson Padrella (Rio de Janeiro, 1938) é um pintor, desenhista e escritor brasileiro estabelecido no Paraná.

domingo, 5 de março de 2017

OS 21 RITOS TIBETANOS - Eneida Magalhães Caetano (128 p.)

“Os 21 Ritos Tibetanos - exercícios – meditação – revitalização – rejuvenescimento” - O livro ensina como fazer os 21 ritos, os benefícios fisiológicos e sutis de cada um e como escolher sua própria sequência em momentos de crise. Guardados em segredo por milênios nos mosteiros do Himalaia, os Ritos Tibetanos consistem numa série de exercícios físicos rituais, cuja prática harmoniza o funcionamento das glândulas relacionadas com o envelhecimento. Eles são considerados a chave da fonte da juventude! Os exercícios dos 21 Ritos Tibetanos promovem alongamento muscular, melhoram o tônus e desenvolvem a elasticidade e a contratibilidade, além de tonificarem a corrente sanguínea, lubrificarem as articulações, aumentarem a flexibilidade e a coordenação. Ainda fortalecem o sistema imunológico, melhoram o raciocínio e o discernimento, permitindo que se manifeste a habilidade. A prática disciplinada dos Ritos produz energia pelo movimento, meditação e respiração, fazendo com que economizemos a energia vital.

Através deles nos tornamos aptos a "recarregarmos nossa cota" sempre que precisarmos. Ativamos nosso metabolismo, melhorando a combustão que transforma o alimento em energia e vida, trazendo disposição e equilíbrio. www.lamrim.com.br

sábado, 4 de março de 2017

Num campo de margaridas - Thiago de Mello (123 p.)

"... Thiago de Mello é um poeta de verdade e, coisa rara no momento, tem o que dizer", escreveu Sérgio Milliet. 

O correr dos anos só fez confirmar suas qualidades e justificar os elogios com que fora recebido pela intelligentsia brasileira. O amadurecimento permitiu ao poeta mergulhar profundamente as raízes da sensibilidade e da consciência crítica na rica seiva humana de um povo ao mesmo tempo tão explorado, tão sofrido e tão generoso como o nosso, e sua poesia, sem perder o sóbrio lirismo que a inflamava, ganhou densidade e concentração, pondo-se por inteiro a serviço de relevantes causas sociais. 

A bela síntese do poeta e do homem que jamais se deixou ficar indeciso em cima do muro de confortável neutralidade. O poeta e o partisan eram uma só pessoa, dedicada sem medir esforços ou riscos à luta pela emancipação do homem, tanto dos grilhões que injustas estruturas do poder econômico-político lhe impõem quanto das limitações com que individualismo, ignorância ou timidez lhe tolhem os passos. 

A biografia de um poeta assim concebido e a tanto cometido não poderia jamais desenvolver-se num plano de tranqüila rotina. A de Thiago de Mello teve, por isso mesmo, suas fases sombrias e borrascosas, realçada por arbitrária prisão e longo e doloroso exílio da pátria a que tanto ama e serve. 

Essas provações, que enfrentou com a serena firmeza de quem as sabe inevitáveis e delas não foge, enriqueceram-no ainda mais como poeta e ser humano. Alargando sua weltanschauung, permitiram-lhe comprovar o acerto de sua intuição de que o geral passa pelo particular e de que, como dizia seu grande colega Fernando Pessoa, tudo vale a pena/ se a alma não é pequena. 

Num campo de margaridas
Sonhei que estavas dormindo
num campo de margaridas
sonhando que me chamavas,
que me chamavas baixinho
para me deitar contigo
num campo de margaridas.
No sonho ouvia o meu nome
nascendo como uma estrela,
como um pássaro cantando.

LIVRO DO CESÁRIO VERDE, O - Cesário Verde (120 p.)

Cesário Verde (1855-1886) é um desses artistas que se localizam no entroncamento entre várias escolas estéticas, jamais se identificando integralmente com uma ou outra, mas forjando uma obra versátil e de facetas múltiplas. Considerado parnasiano por uns, correspondente português do poeta francês Baudelaire por outros, tratando de temas da predileção dos realistas, Cesário levou uma vida digna de escritor romântico: nasceu em Lisboa, filho de um comerciante, e frequentou a Universidade de Coimbra por pouco tempo. Começou sua carreira literária com a publicação de alguns de seus poemas em periódicos portugueses, quando sentiu os primeiros sintomas de tuberculose. Seus poemas, que tratam da vida de Lisboa e da vida agrícola dos arredores da capital portuguesa, foram desprezados pela crítica da época. Morreu na cidade natal, em decorrência do chamado mal-do-século. No ano seguinte à sua morte, Silva Pinto, amigo de Cesário Verde, reuniu e publicou a sua obra, esparsa, densa e vigorosa, sob o título de O livro de Cesário Verde.

Mas, se a crítica e o público da época foram impermeáveis ao talento à frente do seu tempo de Cesário, o mesmo não aconteceu com os poetas modernistas: Fernando Pessoa – mais especificamente seu heterônimo Alberto Caeiro – louvou a poética de Cesário Verde, seu precursor. Pessoa, assim como outras vozes líricas do início do século XX, apreciou, além da sensibilidade e beleza de seus versos, a extrema lucidez da visão de mundo de Cesário Verde, transmitida com uma emotividade autêntica característica dos modernos.

quinta-feira, 2 de março de 2017

O Complô - A História Secreta dos Protocolos dos Sábios do Sião - Eisner, Will (174 p.)


Em 1864, o escritor francês Maurice Joly publicou clandestinamente o livro O diálogo no inferno de Maquiavel e Montesquieu, uma sátira ao imperador Napoleão iii. Quase 35 anos depois, o livro caiu nas mãos de Mathieu Golovinski, russo exilado na França a serviço da polícia secreta do tsar Nicolau ii. O objetivo dessa polícia era provar a Nicolau ii que havia uma conspiração judaica por detrás das revoltas que começavam a assolar a Rússia. Percebendo o potencial do livro de Joly, Golovinski produziu um plágio grosseiro - Os protocolos dos sábios do Sião -, em que um suposto grupo de judeus influentes descrevia seu plano de dominação mundial, traçado durante um encontro secreto. 
'O Complô' conta a história da fabricação dessa farsa, e de como ela se tornou uma das mais duradouras e cruéis peças de literatura anti-semita já produzidas. Nesta graphic novel, concluída poucos meses antes de sua morte, Will Eisner investiga também por que nem mesmo as inúmeras provas que vieram à tona, já na década de 1920, de que os Protocolos eram falsos, conseguiram minar sua credibilidade. As histórias em quadrinhos, acreditava, seriam uma maneira de levar a um público maior a verdade sobre os protocolos. Um dos grandes mestres do gênero, Eisner percorre em O complô mais de um século da história da intolerância, sem deixar de lado aqueles que tentaram combatê-la.

quarta-feira, 1 de março de 2017

SETE ANOS NO TIBET - Heinrich Harrer (373 p.)

SETE ANOS NO TIBET

SEVEN YEARS IN TIBET
Heinrich Harrer Prefácio de Sua Santidade o Dalai Lama
Tradução de Bettina Gertum Becker


Henrich Harrer, autor deste impressionante relato, nasceu em 1912 na Áustria e é considerado um dos maiores aventureiros e alpinistas do século XX. Sete anos no Tibet conta como ele e seu companheiro Peter Aufschnaiter chegaram até a cidade Proibida de Lhasa, capital do Tibet, depois de fugirem de um campo de prisioneiros de guerra da índia em 1943. 

Nessa fuga, que durou quase dois anos pelo interior do Tibet, os dois aventureiros atravessaram as montanhas geladas do Himalaia enfrentando a rejeição das autoridades tibetanas, as baixas temperaturas e todos os perigos imagináveis. Aceitos finalmente depois de atingirem a Cidade Proibida, Harrer acabou como tutor do jovem Dalai Lama, ficando no Tibet até 1950, quando os chineses invadiram o país expulsando milhares de cidadãos e o grande líder Dalai Lama.